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Descubra o que é Incoterm DDP e como usá-lo no comércio exterior!

Existem muitas dúvidas em torno do Incoterm DDP e da possibilidade de usá-lo na legislação nacional. Com este formato, o vendedor recebe o nível máximo de obrigações no envio da mercadoria que inclui os custos logísticos e as etapas do desembaraço aduaneiro até a chegada ao destino.

Mas, em contrapartida, também fica mais simples cobrar preços mais vantajosos nos produtos que já contabilizam em contratos os esforços operacionais extras. O grande diferencial, aqui, é compreender quando existe a chance de aplicar o Incoterm DDP e a melhor maneira de usá-lo conforme as estratégias de cada empresa. 

Para isso, vamos mostrar neste artigo como ele funciona na prática e as responsabilidades relacionadas. Acompanhe: 

Entenda o que é o Incoterm DDP

O Incoterm DDP se refere ao Delivered Duty Paid que em tradução livre para o português fica algo como “entregue com os direitos pagos”. Na prática, o vendedor assume cada um dos custos relacionados que vão desde a fiscalização aduaneira até a chegada da mercadoria ao local indicado em contrato. 

Este modelo de termo pode ser usado em qualquer tipo de meio de transporte e coloca também a responsabilidade de coordenar as decisões logísticas da operação no exportador. O que inclui diversas minúcias, pagamento de impostos e taxas referentes ao país de destino, contratação de deslocamento, embalagem, liberação de burocracias e seguros.

Veja as vantagens do formato

Antes de falarmos sobre as vantagens do DDP, é importante ressaltar que os Incoterms se dividem em quatro categorias principais. São elas os grupos E, F, C e D. Cada um deles apresenta um conjunto de termos para definir o responsável pelos aspectos da transação e as etapas do desembaraço aduaneiro. 

O DDP, dentro deste contexto, faz parte do grupo D e cita claramente a obrigação do vendedor ou exportador de carregar a maior parte dos riscos e custos. Os acordos, aqui, são feitos na finalização da compra da mercadoria e diante da perspectiva do DDP, o comprador ou importador acaba com uma posição mais vantajosa. 

No entanto, vale destacar que todo este conforto eleva o preço cobrado nos produtos vendidos sob este formato com base em todos os encargos, responsabilidades e obrigações envolvidas. O que implica que ambos os lados considerem cuidadosamente os prós e contras do DDP antes de fecharem o negócio no comércio exterior. 

Pesquise os riscos envolvidos

Como no modo Incoterm DDP o exportador é responsável por uma espécie de entrega door to door que pode incluir taxas adicionais por falhas na operação, multas pelo não cumprimento de prazos ou até mesmo perda de mercadoria, os principais riscos estão voltados aos problemas com as autorizações junto à alfândega. 

Mas também vale considerar outras questões logísticas como falhas de segurança da carga na escolha da embalagem que evita danos no manuseio e uma rota que leva mais tempo do que o necessário até a chegada ao destino. Com a utilização correta do DDP, ele se transforma em uma ferramenta poderosa de otimização dos processos. 

Os grandes diferenciais estão na possibilidade de evitar uma série de desentendimentos de obrigações e de delimitar de forma clara as responsabilidades de todas as partes. Sem contar que existe maior transparência em relação ao valor final do produto e a boa organização das finanças internas em relação às vendas. 

Diferenças entre Incoterm DDP e DAP (Delivered at Place)

É importante destacar que o Incoterm DDP não é autorizado para importações realizadas em território brasileiro. Esta restrição acontece porque a legislação nacional proíbe empresas internacionais de realizarem pagamentos e qualquer tipo de recolhimento de tributos relacionados à importação no país.

Outra opção interessante é o DAP (Delivered at Place) que também faz parte do grupo D de incoterms. Determina que o exportador seja responsável pela carga até a chegada ao destino e pode ser usado em todos os modais de transporte da mesma forma que o DDP. No entanto, não existe nenhuma restrição de uso nas leis do Brasil.

Agora você já sabe o que é Incoterm DDP e as principais vantagens de usar este tipo de modelo no comércio exterior. O mais importante, na hora de tomar boas decisões em contratos de negociações, envolve considerar o formato de envio que a sua logística consegue oferecer e focar na segurança da mercadoria para que tudo chegue ao destino com rapidez e qualidade — sem deixar de lado as regras da legislação envolvida. 

Gostou das informações do artigo? Então aproveite e leia também sobre quais são os principais Incoterms do comércio exterior.

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