Conhecer o funcionamento dos blocos econômicos é importante para ingressar nas negociações do comércio exterior com sucesso. De fato, as dinâmicas envolvidas interferem diretamente nas oportunidades que surgem para as empresas e na logística de envio das mercadorias ao cliente.
O primeiro passo, neste caso, é criar um planejamento específico baseado em estudos integrados com os objetivos internos. Como resultado, fica mais simples monitorar as operações, explorar os diferenciais do seu produto e identificar quando realmente vale a pena assinar contratos.
Quer saber mais? Vamos mostrar nos tópicos abaixo o que são blocos econômicos e os impactos no comércio exterior. Acompanhe:
Entenda o que são blocos econômicos
Os blocos econômicos representam um grande grupo de países com o objetivo de estruturar e aumentar as trocas comerciais regionais, expandir os dados econômicos, o poder de compra, a oferta de empregos e o desempenho de multinacionais. Também podem ser chamados de mercados regionais ou megablocos regionais.
Isso por conta da quantidade de restrições relacionadas ao território dos países e da grandeza das operações, como no caso da União Europeia. As principais decisões giram em torno de proteger suas próprias economias da concorrência global em termos que deixam as mercadorias mais atrativas.
Entre os principais exemplos, aqui, podemos citar a disponibilidade de mão de obra, os incentivos fiscais oferecidos pelo governo e os níveis de integração conforme as necessidades e desejos dos países participantes em fortalecer os acordos comerciais considerados mais vantajosos.
Veja os principais tipos
Agora que você já conhece o conceito da formação dos blocos econômicos, é importante falarmos sobre as suas classificações. Veja mais detalhes abaixo:
Zona de Livre Comércio (ZLC)
No formato da Zona de Livre Comércio, os países se unem em busca da liberação gradual de mercadorias e capitais conforme os limites disponíveis nos territórios. Na prática, se trata de uma integração menos intensiva que engloba apenas produtos e lucros conquistados pelos meios de produção.
Um dos exemplos mais conhecidos é o Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) formado por Canadá, México e Estados Unidos. Ele entrou em vigor em 1994 e criou uma das maiores zonas de comércio livre. Muito do sucesso de suas movimentações aconteceu pela maximização da produção interna e a eliminação de barreiras alfandegárias.
União aduaneira
Já a união aduaneira é um acordo entre países que elimina todas as barreiras alfandegárias possíveis e cria uma tarifa externa comum. O que significa, no fim das contas, um sistema de circulação livre de mercadorias entre os membros. Assim, ao implementar a Tarifa Externa Comum, também chamada de TEC, todos do grupo aplicam a mesma taxação em relação às importações de produtos de países que não fazem parte do grupo.
Mercado Comum
Apresenta integração em um formato mais evoluído com características da ZLC e da TEC que desenvolvem novas categorias nas negociações dos países envolvidos. O objetivo, aqui, gira em torno de padronizar legislações, leis trabalhistas, legislações econômicas e a livre circulação de pessoas.
União econômica e monetária
Com o avanço e a intensificação das relações internacionais ligadas aos blocos econômicos, as negociações podem atingir um estado máximo e completo. Isso significa adotar uma moeda única e criar um banco central próprio, alinhado às necessidades específicas do bloco. Como é o caso da União Europeia que trouxe o euro como sua moeda oficial no ano de 2002.
Conheça bem o assunto ao entrar no comércio exterior
Os primeiros blocos econômicos surgiram após o término da Segunda Guerra Mundial em um momento em que existiam muitas incertezas no desenvolvimento de parcerias econômicas. Diante disso, os países decidiram criar um mercado restrito com foco em incentivar medidas econômicas próprias.
Um dos mais conhecidos é o Benelux que faz referência às sílabas iniciais dos membros (Bélgica, Holanda/Netherlands e Luxemburgo). Com o sucesso das operações, uma série de outros blocos começaram e cresceram rapidamente ao longo do século XX, com destaque para a União Européia, o Nafta e o Mercosul.
Vantagens e desvantagens
Para aproveitar as vantagens e mensurar o impacto dos blocos econômicos no comércio exterior é preciso conhecer bem o assunto. Avalie com antecedência questões relacionadas aos serviços e capital, circulação de bens e circulação de pessoas por conta da troca econômica entre os países envolvidos que costuma ser bem ampla.
Mas vale destacar que economias mais frágeis tendem a ser prejudicadas em alguns aspectos. Um dos exemplos é o México que recebe em seu território empresas dos Estados Unidos com a intenção de usar a mão de obra mais barata para produzir suas mercadorias e vendê-la.
Tudo com um preço elevado aos mexicanos, aos próprios americanos e aos canadenses. Em resumo, o poder de compra dos Estados Unidos é maior do que o mexicano e isso mostra que a aquisição do produto não depende de sua origem e, sim, do preço que foi colocado previamente.
Fluxo logístico
As políticas envolvidas nos blocos econômicos, também se conectam diretamente com as decisões de fluxo logístico das mercadorias que entram e saem dos países. Diante das obrigações envolvidas, significa que as empresas interessadas em entrar nas negociações precisam compreender as diferentes regulamentações, tributos e burocracias.
Quando existem dinâmicas de operações com países fora de blocos econômicos, surgem diversas barreiras comerciais adicionais. Enquanto os trâmites de dentro dos blocos favorecem as decisões e apresentam uma série de oportunidades capazes de fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) aumente consideravelmente.
Conte com ajuda especializada
Uma empresa que precisa ingressar no comércio exterior e considerar as vantagens e desvantagens dos blocos econômicos pode traçar um caminho mais eficiente ao contar com ajuda especializada no assunto. Procure por um serviço personalizado em logística do comércio exterior com capacidade de agilizar todas as burocracias.
Longe das preocupações relacionadas aos trâmites de documentos e liberações internacionais, fica muito mais simples identificar as melhores negociações e crescer na dinâmica estabelecida no planejamento. Tudo sem o adicional de custos inesperados, riscos de mercadorias apreendidas e o descumprimento de prazos.
Entender o funcionamento dos blocos econômicos realmente é um ponto importante para trabalhar com o comércio exterior e vencer barreiras alfandegárias. Como existem minúcias envolvidas em todas as etapas, além de pesquisar sobre o assunto, vale criar processos padronizados junto aos especialistas que podem direcionar estratégias interessantes para cenários desafiadores.
Gostou das informações do artigo? Então aproveite e leia também sobre o funcionamento das barreiras alfandegárias e como melhorar as negociações.