O planejamento de exportação é um verdadeiro divisor de águas nos resultados da empresa em negociações do comércio exterior. Isso porque ao dividir as tarefas em etapas, fica mais simples identificar as prioridades da operação e atender às necessidades dos clientes de maneira personalizada.
Cada detalhe do trabalho, a partir disso, passa por verificar a viabilidade de enviar a mercadoria de acordo com os interesses locais, comportamentos e hábitos. Em um processo minucioso, surgem também informações sobre o mercado e os diferenciais da concorrência de modo geral.
Quer saber mais? Vamos mostrar neste artigo a importância do planejamento de exportação e a melhor maneira de fazê-lo. Acompanhe:
Determine o que será exportado
Lidar com o mercado internacional exige muito mais do que boas negociações na hora de definir o que vender e o que comprar. Na prática, existe uma série de questões adicionais logísticas, estratégicas e burocráticas que tornam este tipo de operação bastante complexa e criteriosa nas decisões.
Por ser uma espécie de ‘campo minado’, é preciso saber exatamente onde se pisa. O planejamento de exportação direciona as decisões e proporciona uma operação mais segura ao longo das etapas. Para isso, o primeiro passo envolve avaliar as particularidades do item que será transportado.
Mesmo que a tentação de adotar um sistema padrão de planejamento apareça, busque fazer uma dinâmica específica para a sua mercadoria. Ela precisa começar na identificação da melhor forma de envio, como será feita a logística até o local de embarque e o que as normas de fiscalização dizem sobre a categoria do item.
Cumpra os requisitos burocráticos
Além do estudo de viabilidade, o estágio inicial do planejamento de exportação deve detalhar a melhor maneira de cumprir os requisitos burocráticos. Afinal, sem conhecê-los e solucioná-los conforme as possibilidades da empresa, se torna impossível manusear as mercadorias sem intercorrências e prejuízos.
Veja a seguir quais requisitos precisam ser considerados:
- registro de intenção de compra da empresa importadora;
- Registro de Exportadores e Importadores (REI): configurado de maneira automática durante a realização da primeira exportação da empresa;
- processo de operações pelo Siscomex;
- levantamento de documentos de antes e depois do embarque da mercadoria;
- cadastro como exportador no RADAR / Siscomex;
- modelo de fatura pró-forma.
Consultas específicas
Vale destacar que estes são documentos e exigências pedidas na maioria dos casos de exportação, mas para um planejamento realmente eficiente é preciso levar em consideração as características personalizadas de cada tipo de mercadoria. Por este motivo, consulte as regulamentações dos países de origem e de destino do contrato.
As pesquisas, aqui, giram em torno das regras da Receita Federal e administrativas de outras entidades envolvidas e fiscalizadores, como Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e Secretaria de Comércio Exterior.
Coloque todos os custos no planejamento de exportação
Outra parte muito significativa do planejamento de exportação está nos custos para que todo o processo aconteça. Isso porque quem avança etapas no escuro sobre os gastos e o orçamento disponível, certamente, acaba perdendo dinheiro ou realizando um trabalho muito abaixo da qualidade esperada.
Entram nesse processo custos que não incidem no preço dos itens no mercado nacional, mas que refletem o percurso logístico e burocrático da exportação. Podemos citar, dessa forma, despesas do frete internacional, taxas portuárias ou aeroportuárias, armazenamento e seguro.
Outra parte importante para delimitar as obrigações de sua empresa no contrato e cumprir rigorosamente com todas elas é verificar os Incoterms presentes e destrinchar quais dos custos são direcionados ao comprador e ao vendedor.
Estude sobre acordos bilaterais
Questões relacionadas aos acordos bilaterais também devem ser previamente estudadas no planejamento de exportação. Afinal, eles permitem estabelecer regras claras em contratos, tomar decisões com base em um ambiente estável e identificar boas oportunidades na redução de custos.
Como foram criados para estabelecer direcionamentos de cooperação amigável entre as nações em situações de interesse mútuo, os acordos bilaterais eliminam ou reduzem barreiras comerciais, como as principais tarifas e cotas. O que inclui a possibilidade de eliminar riscos e agilizar pontos políticos e econômicos.
Início no comércio exterior
Após assumir o acordo, surgem obrigações recíprocas aos participantes e o levantamento das punições caso as cláusulas não sejam rigorosamente cumpridas. Em meio aos esquemas de movimentações, existem diversas vantagens para as empresas brasileiras que desejam começar a sua internacionalização.
Uma das principais envolve a integração de cadeias produtivas entre as nações participantes. O que resulta na chance de aproveitar tecnologias e insumos disponíveis no exterior de uma maneira mais descomplicada. Trata-se de uma etapa importante na ampliação de estratégias e aumento da competitividade.
Taxas aplicadas no destino
As taxas aplicadas no destino se referem aos tributos e custos dos produtos movimentados. Na prática, podem ser exigidas no descarregamento, na armazenagem e na liberação da mercadoria conforme as regras locais. Podem ser influenciadas pelos acordos que direcionam reduções facilitadoras ao mercado.
Em situações complexas como essa, os estudos sobre acordos bilaterais no planejamento de exportação fazem diferença, pois trazem soluções que permitem ao produto chegar com o mínimo possível de taxas ao destino, agilizam os pagamentos e reduzem a volatilidade tão temida.
Invista na proteção da mercadoria
Ainda dentro das questões relacionadas aos custos da exportação, proteger a mercadoria enviada se transforma em um investimento no sucesso da empresa em longo prazo. É essencial planejar conforme as características de cada mercadoria e considerar o tamanho, o seu nível de fragilidade e as condições de armazenamento.
Diante disso, não existe outra alternativa a não ser escolher uma embalagem que reforce a segurança, com adicional de um embalamento primário, e atenda os desafios da operação. Para acertar em cheio e evitar danos, procure por uma empresa especializada no desenvolvimento deste serviço sob medida para não só proteger o produto, mas também reduzir o custo total com as demandas logísticas.
O planejamento de exportação é uma tarefa realmente complexa, mas que serve como ponto direcionador do trabalho realizado com foco na redução de custos sem perder em qualidade e eficiência. Além disso, ao contar com ajuda especializada na confecção da embalagem ideal, fica mais simples adotar um padrão para o seu tipo de mercadoria e evitar imprevistos em todas as etapas da operação.
Para se aprofundar no tema, leia o artigo que explica a função das embalagens primárias na exportação e acerte na escolha.
*Este texto foi atualizado em 23/09/2025 para garantir sua relevância e qualidade.







