A exportação de commodities agrícolas é uma parte importante da balança comercial e costuma gerar dúvidas diante de sua complexidade logística. Afinal, as estratégias capazes de reduzir custos e otimizar a burocracia do setor precisam ser definidas de maneira exclusiva e com bastante antecedência.
O motivo para isso é bem simples, pois cada operação exige alinhamento conforme as características da mercadoria em questão, o modal de transporte escolhido, o orçamento disponível e os requisitos da negociação feita com os clientes. Se você ficou curioso sobre o assunto, separamos informações valiosas nos tópicos abaixo.
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Veja os itens considerados commodities agrícolas
Se enquadram como commodities agrícolas produtos originados da prática de agricultura e pecuária que apresentam baixo teor de industrialização. O que faz com que sejam comercializados como itens “in natura” e negociados com a faixa de preços determinada por diversos fatores globais conforme oferta e demanda.
Outra questão em relação às commodities agrícolas é que são movimentadas na bolsa de valores, mas não recebem nenhum tipo de influência do seu local de produção. Isso porque funcionam em esquema de padronização e são frequentemente comercializados nos mercados futuros, mercados de balcão e mercados à vista.
Veja abaixo alguns exemplos de commodities agrícolas do mercado nacional:
- arroz;
- feijão;
- suco de laranja;
- milho;
- borracha;
- carne bovina;
- carne suína;
- algodão;
- café;
- trigo;
- açúcar;
- farinha de trigo.
Dentro do contexto das regras que definem as commodities agrícolas, determina-se que as mercadorias não podem sofrer nenhum tipo de alteração em sua origem. Para que sejam classificadas nesta categoria, precisam ser comercializadas em sua forma de matéria-prima e em processos de larga escala. Além disso, existem três quesitos essenciais que os itens devem preencher para se destacar no mercado segmentado. São eles:
- padronização de um nicho no comércio internacional;
- padronização de entrega em datas acordadas entre as partes;
- possibilidade de armazenagem ou venda de itens padronizados.
O Brasil, inclusive, é um dos maiores produtores e exportadores de Commodities agrícolas do mundo e trabalha com mercadorias influenciadas por uma série de fatores climáticos, conjunturais e mercadológicos de modo geral. Já em relação à padronização, isso significa que os produtos permanecem iguais, não importa o local de produção.
Por exemplo, grãos de feijão feitos no Brasil apresentam as mesmas características dos grãos de feijão resultados de produção dos Estados Unidos. O grau de industrialização é sempre o mínimo possível com foco em manter as propriedades naturais mas, ao mesmo tempo, impedir qualquer tipo de degradação de sua qualidade no consumo.
Foque na preservação da mercadoria
É realmente por conta da preocupação com a preservação da mercadoria que as empresas envolvidas na exportação devem criar um planejamento minucioso. Especialmente em quesitos de armazenamento quando existe a necessidade de proteção extra contra condições climáticas adversas e pragas.
Para isso, é preciso considerar todas as etapas logísticas conforme as particularidades de cada mercadoria. O que inclui a escolha da embalagem adequada, a organização dos itens de maneira uniforme, fazer o monitoramento da umidade e da temperatura, redução na quantidade de manuseios e impactos indesejados.
Conheça os desafios do transporte de commodities agrícolas
Boa parte do transporte de commodities agrícolas no Brasil acontece por meio de modal rodoviário. O que agrega um longo alcance de entrega em regiões mais afastadas, agilidade e flexibilidade diante de possíveis imprevistos. No entanto, existem uma série de desafios relacionados.
Entre os principais podemos citar problemas com embalagens que não atuam de maneira personalizada e inteligente conforme as necessidades de conservação dos produtos, falha na manutenção das estradas, falta de segurança em relação a roubos, possibilidade de acidentes que causam danos e excesso de manuseio por equipes não preparadas.
Já no caso de operações de transporte do comércio exterior, é válido destacar que mesmo em mercadorias enviadas ao destino por meio de containers em modal marítimo, o planejamento de embarque até os portos costuma ter deslocamentos rodoviários. O que exige uma verdadeira força-tarefa que impede perda de produtos e uma dinâmica coerente com o tamanho das embalagens.
Cargas de grandes dimensões
No caso das cargas de grandes dimensões ou de peso excedente, é preciso ter cuidados extras na configuração da dinâmica de envio. Se torna essencial criar uma estratégia junto ao agente de cargas com a intenção de reduzir os custos e monitorar os itens em todas as etapas, principalmente na troca de modais quando for o caso.
De acordo com o tipo de categoria em que a carga se encaixa, diversos documentos de embarque podem ser solicitados desde a cotação até o momento da entrega. Eles fazem parte das garantias legais de que o trabalho está em conformidade com as principais normas dos órgãos controladores.
Escolta de batedores
Outra questão que envolve cargas especiais é se atentar sobre a obrigatoriedade da escolta de batedores durante os trajetos. Isso acontece em cargas que excedem as dimensões ou que apresentam excesso de peso. A fiscalização, em uma situação como essa, pede autorização e o procedimento visa eliminar os riscos aos outros motoristas.
Este tipo de serviço permite o transporte seguro de cargas acima de 60 toneladas e avalia as condições da pista diante de diferentes perspectivas. Também informa o trajeto definido aos responsáveis da Polícia Rodoviária Federal (PRF), confirmam a autorização para circular em alguns trechos e reforçam a segurança contra danos.
Avalie o nível de impacto ambiental
A produção e a exportação de commodities agrícolas apresentam grande potencial para causar diversos impactos ambientais que vão desde desmatamentos até contaminação do solo. Por este motivo, é muito importante que o trabalho de envio cuide minuciosamente de ações sustentáveis que reduzam os danos ao meio ambiente.
Conte com ajuda de uma empresa especializada em soluções logísticas com experiência em atender de forma personalizada as demandas da cadeia de suprimentos. Assim, ao ser direcionado nas principais decisões, fica mais simples criar uma boa gestão de riscos, fazer o embalamento eficiente e evitar imprevistos.
Agora ficou claro como otimizar a exportação de commodities agrícolas e reduzir custos em todas as etapas da operação. O principal ponto consiste em avaliar a natureza da carga transportada e criar uma estrutura capaz de impedir danos e a ocorrênci dos imprevistos habituais do setor. Por isso, ao trabalhar em conjunto com uma empresa especializada no assunto, a experiência do seu cliente será impecável em vários níveis.
Gostou das informações do artigo? Então aproveite e leia também sobre como fazer uma boa gestão de riscos na logística do comércio exterior.